Jovem, Queer & Orgulho!

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A maioria dos jovens começa a definir sua identidade sexual com a idade dos onze ou doze anos. Todavia para jovens gays, lesbicas e bissexuais pode ser o começo de um montão de problemas. Terão que escutar quase constantemente as estúpidas observações homofóbicos (anti-gay) de seus companheiros de escola, e com frequencia se sentirão muito isolados pela ênfase que há na cultura dominante sobre quem vai sair com quem.Pior que isso é a opressão com que jovens lesbicas, bissexuais e gays enfrentarão cara a cara com seus pais. Rejeição, agressão física e inclusive expulsão de casa não são coisas pouco comuns quando um jovem é "flagrado" ou resolve "sair" enquanto gay. Esta realidade não obtem auxilio por providenciais alojamentos em casos de emergencia para os menores de 18 anos, que é quase inexistente neste país. Se fores "flagrado" em tua casa, isso pode significar só uma coisa: uma vida na rua, viver da pior maneira.

Mesmo se o jovem homosexual (lesbica, bisexual ou gay) se dirige a uma Organização de Lesbicas e Gays, costumam pedir-lhe que retorne quando completar 18 anos. Algumas organizações de homosexuais se sentem inseguras de ajudar jovens sob a pena de serem acusados de pedófilos (além de toda repressão que enfrentam nas ruas). A maioria das comunidades gay estão localizadas nos arredores de bares e clubes noturnos, nos quais se exclue aos menores de 18 anos.

Não é surpreendente que muitos jóvens homossexuais crescem com problemas de longo tempo com sua autoestima. Muitas lésbicas, bissexuais e jovens gays acabam sendo incapazes de aguentar essa pressão - com frequencia abandonam os estudos, e acabam com um baixo nível de preparo ou em trabalhos mal remunerados. Uma alta taxa de tentativas de suicidio entre adolecentes se relacionam aos jovens gays e lésbicas.

Mesmo em nossos dias quando há uma maior consciência sobre assuntos relacionados a gays e lesbicas, há ainda um longo caminho a ser percorrido por estes jovens. A maioria dos que tem 14 ou 15 anos estão agora suficientemente seguros para sair fora e buscar um tratamento igualitario, mas enfrentarao a uma enorme discriminacao e pressao. Para romper o isolamento que os jovens sentem basta dar-lhes uma ajuda.

Animar jovens homossexuais a encontrar-se com outros de sua mesma idade, onde possam conversar sobre seus problemas e organizar-se para lutar pela igualdade de direitos: este é um caminho a seguir. Como o acesso à internet cresce, será usado como um meio pra por em contato as pessoas e abrir foros de discussão

A luta contra a homofobia, como a luta contra o racismo, é uma responsabilidade de cada um. Não abandonemos as lesbicas, bissexuais e gays. Por exemplo, um assunto sobre direitos é agora o Curso de Relações e Sexualidade na escola. É importante que a pressão seja exercida nos colegios para que incluam conhecimentos sobre gays e lesbicas como parte de seus programas. A Igreja Católica (bem como a maioria das protestantes) não aprova esta ideia, mas eles não deveriam ter nenhum direito de veto nesse assunto. É um direito para todos os jovens.

É também especialmente importante desafiar os comentarios anti-gays, nos bares e nos meios de comunicação. Vosso sindicato é também um lugar importante para se tomar uma postura contra esse prejuizo. A homofobia é uma força desnecessária, que divide as pessoas, que joga um importante papel em distrair as pessoas dos verdadeiros inimigos: chefes, proprietarios, a Igreja e o Estado.

Paul McAndrews

Este artigo foi extraido de Workers Solidarity, número 53, publicado em janeiro de 1998.

Tradução: Alvimar Bessa